60's Intro

Bob Dylan - Blonde On Blonde [1966]

 Bob Dylan - Blonde On Blonde [1966]

Banda: Americano
Produtor: Bob Johnston
Formação da Banda: Bob Dylan e The Band (basicamente)
Posição na Billboard: # 9º posição

60's Hotel: Se pudéssemos criar uma imagem ou um produto que representasse o ápice da loucura e megalomania de uma grande mente... Se tudo fosse tão exato e concreto, diria que Mr. Dylan em 66 atingiu e criou com o álbum Blonde On Blonde.

Na sucedida tentativa de inovar ainda mais o que já havia inovado Dylan superou o que já havia superado criando um estilo ainda maior. O álbum é considerado o primeiro álbum duplo da historia do Rock, mas é de certa forma desnecessário ser um disco duplo. O nível alto de baladas folk como One Of Us Must Know e I Want You acaba sendo misturado a um blues rock indefinido e arrastado, como Leopard-Skin Pill-Box Hat e Pledging My Time. 

Claro que, na soma de todo o trabalho o resultado acaba sendo positivo e, bem ou mal, aclamado. Mas se este fosse um disco único e fossem cortadas algumas músicas grandes, ficaríamos com a fina flor do disco: as grandes músicas. A poesia surreal de Dylan alcançou um ponto tão distante em Blonde On Blonde que, feliz ou infelizmente, ele não mais pôde repetir este feito.

Blonde on Blonde é o sétimo álbum de estúdio de Bob Dylan, lançado a 16 de Maio de 1966. pela gravadora Columbia Records.


Blonde on Blonde foi o fechamento da pretenciosa trilogia de Bob Dylan. Bring It All Back Home, Highway 61 Revisited e Blonde on Blonde, todos aclamados até os dias de hoje, lançados em sua respectiva ordem. Blonde on Blonde fecha as sessões de gravações dos discos que começaram 65 encerraram 66 com o lançamento do disco e início da turnê.

Sobre a Capa de Blonde on Blonde, muitas interpretações se criaram em torno, mas uma que chamava a atenção era sobre o uso de LSD, que por conta; o ensaio fotográfico teria ficado daquela forma. Mas em entrevista e relato do próprio Bob Dylan, afirmou que era um dia frio de New York, entre algumas fotos nítidas e outras sem foco e borradas do ensaio congelante, a escolha de Dylan foi a famosa foto borrada. Apenas isso, nada mirabolante.

Blonde on Blonde foi classificado em nº 9 pela revista Rolling Stone na lista dos 500 Melhores Álbuns de Todos os Tempos.






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Led Zeppelin - Led Zeppelin [1969]


Led Zeppelin - Led Zeppelin [1969]

Banda: Inglesa
Produtor: Jimmy Page
Formação da Banda: Robert Plant - Jimmy Page - John Paul Jones - John Bonham
Posição na Billboard: 10º

60’s Hotel: O primeiro disco do Led Zeppelin é só um dos melhores discos de estréia de todos os tempos. É daqueles discos que você nem precisa falar muito, porque o onisciente coletivo tem um espaço especial pra sua história. Sendo o último sobrevivente dos Yardbirds, Jimmy Page teve liberdade total para montar sua nova banda. Tentou um projeto com o mestre Jeff Beck e músicos do The Who, mas não deu muito certo. Sendo assim, o jeito foi se remontar e formar-se, mesmo que com a liderança de Page, com a influência de cada um dos outros integrantes. 

    O baixo vigoroso e marcante de John Paul Jones, sentido à toda em You Shook Me, a voz incrível de Robert Plant e a bateria imprevisível de John Bonham, que se destacam a cada faixa, além, é claro, da produção barata, mas honesta, e as composições de Page. Sem querer Page já formava seu supergrupo, aquele que viria a se tornar o maior grupo de todos nos anos seguintes. Até porque, um grupo que tem já no primeiro disco músicas do calibre da "balada" Babe I'm Gonna Leave You e a instantaneamente clássica Communication Breakdown, não tinha como não dar certo. 

   Aí está a semente bem plantada que viria fazer dar bons frutos na mente criativa das futuras bandas. Led Zeppelin construiu muito bem o caminho para o blues rock, o hard rock e tudo mais que viesse a levar o rótulo de rock para os anos 70. O metal? Se Dazed And Confused não é metal, é melhor deixar o rótulo pros anos 80. 
 
   Devido sua capa, originalmente concebida por George Hardie, cuja imagem apresenta um dirigível Zepellin pairando nas nuvens em chamas, os membros tiveram problemas e foram obrigados a mudar brevemente o nome do grupo, além de serem ameaçados legalmente.

    Vale muito lembrar, que a crítica ousou falar mal desse disco na época.



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Pink Floyd - The Piper at the Gates of Dawn [1967]

 

 
Pink Floyd - The Piper at the Gates of Dawn [1967]

Banda: Inglesa
Produtor: Norman Smith
Formação da Banda: Syd Barrett - Roger Waters - Rick Wright - Nick Mason

Posição na Billboard: #131º posição

60’s Hotel: 
Os Estudantes de arquitetura Roger Waters , Nick Mason e Richard Wright e estudante de arte Syd Barrett tiveram vários nomes desde 1962 quando fundaram a banda, e começou a excursionar como "The Pink Floyd Sound" em 1965. 

Tornaram-se profissionais em 01 de fevereiro de 1967 ao assinaram com a EMI , com uma taxa de adiantamento de 5.000 libras. O primeiro single, uma canção sobre um 'traveco' cleptomaníaco intitulado 'Arnold Layne', foi lançado em 11 de março o que causou alguma controvérsia, a Radio London que iria lançar o single recusou-se a colocar no ar.

'Arnold Layne' foi mais um single -que faz parte da lista de Singles que mais tarde não entraram no album - Mais tarde o Pink Floyd lançou um Compact Single que veio com 'See Emily Play' no lado A e 'Scarecrow' lado B. E 'See Emily Play' também não entra no album de estréia da banda, apenas 'Scarecrow' faria parte do set de estréia.

Este é o debut do Pink Floyd, sob a regência magnífica de Syd Barrett. Ele é responsável pelo título do álbum, advindo de um de seus livros favoritos; pelo próprio nome da banda, que substituiu o anterior Tea Set; e também pela composição de quase tudo presente no disco. Enfim, Barrett estava no auge de sua criatividade e conseguiu dar conta de todas suas idéias. O álbum ataca em diversas frentes do experimental e do rock, sendo extremamente vanguardista, o que explica sua recepção fria pelo mercado americano. Todavia, alguns anos depois os críticos voltariam seus olhos para a importância dos hits óbvios 'Lucifer Sam' e 'Scarecrow', além da obra prima 'Interstellar Overdrive'. 

A música que viraria ser o símbolo da era Barrett, por sua inovação técnica e por todos os riscos que fez a banda correr, é uma peça essencial para o segmento do space rock, além de seguir, com a colagem de ruídos e notas, o roteiro surrealista de todo o álbum. 'Chapter 24', inspirada na cultura chinesa, e 'Bike', com seu término repleto de elementos de música concreta, definem o resto do álbum, que já mostrava tudo o que o Pink Floyd viria a fazer de importante pela música no futuro: quebrar e superar barreiras e limites extremos. 

Uma pena que Barrett não conseguiu segurar a cabeça e acabou tendo de deixar a banda já no ano seguinte. Mas seus companheiros nunca o deixaram ser esquecido, apesar de tudo.

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Velvet Underground – White Light/White Heat [1967]



Velvet Underground – White Light/White Heat [1967]

Banda: Americana
Produtor: Tom Wilson
Formação da Banda: Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison, Maureen Tucker
Posição na Billboard: # 199° posição


60’s Hotel: Nenhuma banda me causa tanta inquietação como o Velvet Underground, deve ser a atmosfera obscura, originalidade e também por ser uma daquelas bandas que nunca serão unânimes, resumindo ame-a ou deixa-a de vez... Esse disco particularmente ainda, tem o diferencial do que se tornaria o símbolo da contracultura, pop culture, ele não conta com os vocais de Nico e a Pop Art de Andy Warhol, pelo contrário mostra-se um disco mais cru e visceral, do quarteto do Velvet, mais ainda assim vale muito a pena ter, conhecer e tudo mais que for possível.

As gravações deste que é o segundo disco do Velvet duraram apenas dois dias, com um estilo bastante diferente de The Velvet Underground and Nico. Apesar de ter vendido pouco, o som distorcido e cheio de feedbacks presente em White Light/White Heat desde então se tornou uma influência majoritária no movimento do punk rock. Em 2003, a revista Rolling Stone, em sua lista dos "500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos", colocou em 292º lugar.

Praticamente todas as canções do álbum contêm um quê de experimentalismo ou avant-garde. The Gift, por exemplo, contém o recital de um conto e instrumentação de rock barulhenta em dois canais de estéreo diferentes. I Heard Her Call My Name é notável por seus solos de guitarra distorcidos e o uso proeminente de feedback.

O álbum também é memorável pelas letras de Lou Reed, que freqüentemente enfocam temas como uso de drogas e absurdos sexuais, incluindo a canção Lady Godiva's Operation, que fala sobre a operação para trocar de sexo de uma drag queen, e a faixa-título, que glorifica o uso de anfetaminas.
A última música é Sister Ray, uma improvisação barulhenta de 17 minutos.

A capa de White Light/White Heat é a imagem fraca de uma tatuagem de caveira. É difícil perceber o desenho, já que ele é preto e a cor de fundo é um tom um pouco mais claro de preto. 


É o ultimo álbum com a participação de John Cale fundador da Banda. Foi gravado em apenas dois dias, e com um estilo visivelmente diferente do que The Velvet Underground & Nico.
John Cale descreveu White Light / White Heat como "um registro muito raivoso ... O primeiro tinha alguma gentileza, alguma beleza O segundo foi conscientemente anti-beleza.".

Sterling Morrison disse: "Estávamos todos puxando no mesmo sentido. podemos ter sido arrastando uns aos outros fora de um penhasco, mas estávamos todos definitivamente indo na mesma direção. na era / White Light White Heat, nossas vidas estavam em caos. Isso é o que se reflete nas gravações. 

Durante a gravação de "Sister Ray", o produtor Tom Wilson teria deixado o estúdio em vez de suportar a cacofonia feita pela banda.




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Big Brother And The Holding Company - Cheap Thrills [1968]


Big Brother And The Holding Company - Cheap Thrills [1968]

Banda: Americana
Produtor: John Simon
Formação da Banda: Janis Joplin - Sam Andrew - James Gurley - Peter Albin - Chuck Jones
Posição na Billboard:

60’s Hotel: Cheap Thrills deveria se chamar Expensive Thrills, tamanha sua preciosidade. O último disco de Janis Joplin com a Holding Company é espetacular, da primeira à última faixa. Os gritos, uivos e tudo o mais proporcionado por Janis é de arrepiar em faixas como Turtle Blues e Ball And Chain.
O hit supremo Piece Of My Heart nem precisava ser citado, já que é obrigatório em qualquer coletânea sobre as grandes músicas de todos os tempos. A simbiose de Joplin e banda, a esta altura infelizmente não era mais a melhor possível, ao contrário do que se apresenta no disco. Em dezembro de 68 a cantora já deixaria o grupo para um vôo solo que, embora a consolidasse no topo, talvez nunca mais alcançasse o vigor e a agressividade deste álbum, lançado em agosto do mesmo ano.

A capa, desenhada pelo mito Robert Crumb, é um espetáculo à parte e retrata o potencial da banda em desafiar a grande obra da pop art da época, ainda o Sgt. Peppers. E foi uma exigência de Joplin para a capa. Joplin era grande fã de Robert Crumb e quadrinhos undergrounds da época.

Ainda flutuando no boom de sua apresentação do Monterrey Pop Festival e com a qualidade da banda, que fez uma das maiores releituras da história do rock em Summertime, sucesso de todos os tempos do JAZZ, não seria impossível tornarem-se um dos maiores grupos do fim dos anos 60. Mas não há nada verdadeiro e concreto nos anos 60. O que há de concreto é Cheap Thrills, o magnífico álbum da voz mais emocionalmente desesperada da era de ouro do rock.

The Who - My Generation [1965]


The Who - My Generation [1965]

Banda: Inglesa
]Produtor: Shel Talmy
Formação da Banda: Pete Townshend - Roger Daltrey - John Entwistle - Keith Moon
Posição na Billboard: #74° posição

60’s Hotel: O disco de estréia do The Who é muito mais mítico que real. Por ter o nome da extraordinária canção My Generation e por pretensamente expressar a voz de sua geração, ele é envolto numa névoa de genialidade muito maior do que é realmente palpável. Ele é composto de algumas boas canções como a já citada, além de outro clássico, The Kids Are Alright, e ainda The Good's Gone e I Don't Mind. Mas não vai muito além disso. Não é o Who sofisticado, destruidor, furioso e tudo o mais que sempre ouvimos falar. É uma banda inglesa com seu 60's pop rock, acima de tudo.

Neste disco eles não conseguiram canalizar precisamente toda a energia que os tornariam lendas do rock. É um disco de estréia bom, sem dúvidas. Mas é um pouco menor do que eles viriam a ser depois.

O album não foi tão bem recepcionado nos Estados Unidos como na Europa e Oceania, em vários países da Europa 'My Generation' foi top 10, enquanto na Billboard alcançou apenas a 74° posição, não é muito difícil de explicar, quando você conhece melhor o cenário do Rock na época. De 65 a 69 as bandas que não iniciaram a psicodelia em meados de 65, e não chegaram com força no Flower Power do fim dos anos 60 em plena Woodstock, por mais que atingissem expressão não alcançaram boas posições na Billboard americana. Ou se enquadrava ou não teria boas marcas nas paradas americanas, coisa que não correspondia igualmente no Reino Unido e resto da Europa.


My Generation é e foi o embrião declarado do Punk Rock, como Kinks em seu primeiro álbum, Stooges e Iggy Pop com seu álbum de poucos acordes e outros mais.


É fácil se imaginar em uma festa MOD em Londres com várias Lambretas estacionadas na calçada e curtindo faixa a faixa deste disco sensacional, é a perfeita visão e divisor de uma geração. 'My Generation' foi produzido em 220 volts, feito pra queimar e eletrificar quem o ouve.

Them - Angry young Them [1965]


Them - Angry young Them [1965]

Banda: Irlandesa
Produtor: Bert Berns, Dick Rowe
Formação da Banda: Van Morrison, Billy Harrison , Eric Wrixon, Alan Henderson e Ronnie Millings
Posição na Billboard: #54º posição

60's Hotel: Este é o primeiro album desta banda que é uma das minhas favoritas dessa época, a pequena curiosidade que envolve o nome da banda - Them, como o Big Brother the Holding Company, que nada mais foi a banda de onde saiu a Janis Joplin - o nome Them acabou se dissolvendo para o público por ter saído a estrela Van Morrisson, coisas do mercado fonográfico, "assim fará mais sucesso" ou "largue eles que lhe arrumo um ótimo contrato". Que na minha opinião junto de Joe Cocker, Mick Jagger e Jim Morrisson foram os maiores interpretes da época sem sombras de dúvidas... 

Voltemos ao Them – Bert Berns e Dick Rowe dividiram a produção deste album, gravado pela Decca Records Them é lançado em junho de 1965 e teve seu nome mudado para The "Angry" Young Them. As suas 14 faixas mostram um grupo feroz, tocando um Rock e R&B básico, muito bem executado e trazendo clássicos como “Gloria”, além de “Mystic Eyes” e “Bright Lights, Big City”, de Jimmy Reed, entre outras canções. Que até hoje são simbolos do rock.

O disco teve ótima recepção por parte de crítica e público, alcançando o primeiro lugar na Irlanda, o oitavo posto na Inglaterra e a 54ª posição na Billboard. Em seguida sai um novo compacto, One More Time / How Long Baby. Mas, apesar do sucesso, o grupo dava claros sinais de que não duraria muito tempo. Brigas e contratempos entre os vários integrantes e substitutos da banda, produtor que sobre carregava a banda com apresentações, cobrança da gravadora com composições e gravações novas para que fosse gerado mais lucro. Enfim, em volta deste furacão, pairava o talento de toda banda e do selvagem Van Morrisson.

O que posso dizer depois deste resumo sobre Them, o "Angry " young Them, só por "Gloria", esse baita clássico do rock, já vale apena escutar essa banda fabulosa.




 
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Paul Revere And The Raiders - Midnight Ride [1966]


Paul Revere And The Raiders - Midnight Ride [1966]

Banda: Americana

Produtor: Terry Melcher
Formação da Banda: Mark Lindsay - Drake Levin - Phil Volk - Mike Smith - Paul Revere
Posição na Billboard:
# 4° posição

60's Hotel: Aqui está mais uma banda americana da turma da Garage Rock. Banda que marcou época e mostrava força e nadava contra a onda britânica.

Não que eles sejam melhores que Beatles, Stones, Who, Byrds, Beach Boys, Doors, não. Mas eles conseguiram reunir influências de cada grande disco no seu som. A energia do Who, a agressividade dos Animals, a harmonia dos Beatles, os hits dos Stones, enfim, eles conseguiram demonstrar em Midnight Ride que uma banda americana poderia fazer o rock desejado sem participar da "invasão britânica". 


'Kicks', o hino anti-drogas (não da pra acreditar mas existiu...) e 'I'm Not Your Stepping Stone' (posteriormente regravada pelos Sex Pistols) são canções que muitas das bandas citadas gostariam de ter como seus singles, tamanha a qualidade. 'Louie Go Home' e 'Melody For An Unknown Girl' também são muito boas, no fim das contas fica até difícil falar alguma ruim. 'All I Really Need Is You' poderia muito bem ter sido o hino dos anos 60. Mas não foi.

Paul Revere and The Raiders nunca foi uma banda adorada, apesar de venderem bem seus discos nos Estados Unidos e atingirem algum status no mainstream americano. Por mexer com o nome de um mártir da independência americana (Nota*), Paul Revere (Nome do organista líder da banda) e, além disso, se vestirem como soldados de época e fazerem peripécias no palco, nunca foram vistos com muita confiança e bons olhos, diferente dos queridinhos Beatles e outros nomes da América como os Beach Boys por exemplo.

                  Foto. Paul Revere and The Raiders.

Talvez esse seja um dos motivos do nome da banda de Paul Revere não ser lembrada como merecido. Mas deixou em Midnight Ride, assim como o primeiro Paul Revere, uma lembrança importante para a independência musical americana.
 





Nota* Paul Revere foi um dos patriotas da guerra da independência dos Estados Unidos, e suas "corridas noturnas" são consideradas um símbolo de patriotismo. Além de mensageiro de batalha, colaborou na organização da rede de inteligência para controlar os movimentos das forças britânicas. 
 
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Les Fleur de Lys - Reflections [1965/1969]


Les Fleur de Lys - Reflections [1965/1969]

Banda: Inglesa
Produtor: Jimmy page
Formação da Banda: Frank Smith, Gary Churchill, Alex Chamberlain, Keith Guster, Pete Sears
Posição na Billboard: #Não encontrado

60's Hotel:  Com um som agressivo marcante e bem pulsante o Les Fleur De Lys representa bem o rock da rainha...

Um dos grandes álbuns do final dos anos 60, infelizmente pouco conhecido. Traz gravações de todo o curto período de existência desta obscura banda inglesa, entre os anos de 1965 e 1969, tendo sido editado em 1996. O grupo nunca alcançou um grande sucesso e as constantes mudanças na formação dificulta o rastreamento de sua trajetória.

O único membro constante foi o baterista Keith Guster. Alguns músicos depois ficaram famosos ao tocar em bandas como Journey e Jefferson Starship, como o tecladista Pete Sears, e King Crimson, como o baixista Gordon Haskell.

O estilo inicial da Fleur de Lys, mod-psicodélico, mais tarde ficou conhecido como "freakbeat", com uma forte influência da soul music. Alguns singles chegaram a ser produzidos por Jimmy Page, do Led Zeppelin, e há controvérsias sobre se ele tocou ou não guitarra nessas faixas. A faixa instrumental de número 19 é dele. Jimmy compondo em seu melhor estilo Chuck Berry mais apurado.

Este disco abre com um cover do The Who, "Circles", exibindo muitas guitarras distorcidas, característica que marcou a banda. A cantora africana Sharon Tandy, que em determinado momento se juntou à banda, manda ver em "Daughter of the Sun" e "Hold On". Ao todo são 24 faixas - sendo 14 gravadas sob o nome Les Fleus de Lys e o restante registradas sob os nomes Rupert's People, Chocolate Frog e Shyster. Outras foram gravadas individualmente por Sharon Tandy, John Bromley e Waygood Ellis. Quase todas trazem toques interessantes de psicodelia, soul e harmonias leves. Enquanto que "Gong with the Luminous Nose" é extremamente psicodélica, "Sugar Love" é extremamente melódica.

Sharon Tandy mais tarde manteria sua carreira solo, e se tornaria a primeira mulher branca a assinar com a Stax Records. Jimmy Paige produziu seu primeiro disco e c-produziu seu segundo disco com Glyn Johns. 

Le Fleur de Lys eram gerenciados pela Atlantic Records, que era responsável por descobrir Sharon Tandy.





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The Doors - The Soft Parade [1969]



The Doors - The Soft Parade [1969]

Banda: Americana
Produtor: Paul A. Rothchild
Formação da Banda: Jim Morrison, Robby Krieger, Ray Manzarek e John Densmore
Posição na Billboard: # 3°posição

60’s Hotel: Gravado no período de outubro de 68 a abril de 69, The Soft Parade é o 4º album lançado pelos "DOORS" em julho de 1969. Esse disco marca um pouco o individualismo da banda, enquanto Jim Morrison estava produzindo e preocupado com a publicação de livros de poemas escritos por ele. A presença forte de Robby Krieger simbolisa o disco, um pouco mais da metade das musicas do disco são dele, e uma unica em parceria com Jim Morrisson, diferente dos outros discos. 

O album apresenta muito uma mudança drástica em relação a sonoridade em relação aos albuns anteriores, contando com arranjos de metais e cordas, o que foi mal recepcionado pelo fãs, que esperavam mais do The Doors sujo e letras marcantes de Morrison, e conquistando péssimas críticas o que depois abandonariam nos discos seguintes da banda, voltando ao rock/blues mais simples em "Morrisson Hotel" e "LA Woman".

O Doors soa mais como um disco perdido de whiskeys Bar, ou um sarau de poemas insano rodeado de rock in roll, do que um simples álbum cheio de lirismo como o The Soft Parade, mas também vale a intenção de mudanças e variações dentro de sua própria arte.

Soa como o amadurecimento dos integrantes dentro de suas próprias sonoridades muito além do que a crítica que sempre os massacraram dizia sobre eles, como sombras e caras que apenas acompanhavam Jim Morrison. 

É louvável pensar que uma banda que lançou seu primeiro album em 1967, album super denso com músicas marcantes, ícones do rock, dois anos depois em seu quarto disco estaria se reinventando tanto com Soft Parede. O álbum é incrível como toda obra do The Amazing Doors.




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