60's Intro

The Hollies - Butterfly [1967]

The Hollies - Butterfly [1967]

Banda: Inglesa
Produtor: Ron Richards
Formação da Banda: Allan Clarke, Graham Nash, Eric Haydock, Tony Hicks e Bobby Elliot
Posição na Billboard: não encontrado

60's Hotel: Este album do Hollies se trata de seu segundo registro dentro do ano de 1967, posterior ao Evolution... O destaque maior que o disco e o ultimo gravado com Graham Nash no Line-up que acaba saindo depois de finalizar o disco para se juntar aos amigos Crosby, Stills e Young (Aquelas coisas e encontros cósmicos que só o universo explica, seu começo e seu fim)... 

O Hollies é formado em Manchester em 62... Como toda banda dos anos 60 começaram com covers básicos e com o tempo, evoluíram do R&B e do rock-pop para um elaborado folk rock com pitadas de psicodelia. Onde encontraram sua identidade e trouxe a personalidade para a banda ter seu destaque na cena do rock inglês.

 Foram quase tão famosos quanto os Beatles - Pra época e dentro de um cenário; inclusive tocaram bastante no Cavern Club antes de serem descobertos. Tiveram um longa carreira como banda que perdurou durante os anos seguintes.




_-_

Dave Clark Five – Glad All Over [1964]




















Dave Clark Five – Glad All Over [1964]

Banda: Inglesa
Produtor: Adrian Clark
Formação da Banda: Dave Clark, Mike Smith, Lenny Davidson, Rick Huxley e Denis Payton

Posição na Billboard:

60’s Hotel: Dave Clark era o líder-band e também o baterista, talvez não se tenha visto algo assim entre as bandas desta época que os tornassem únicos por esse detalhe, nas apresentações a bateria era posicionada ao centro e a frente deixando de lado guitarras e teclados e etc, mas não é isso que fez do Dave Clark Five uma banda de sucesso, o fato que a música e a banda eram na época um das poucas a ameaçarem comercialmente os Beatles.

O grupo se formou no início da década de 60 no norte de Londres. O grupo consistia de Dave Clark (bateria), Mike Smith (vocais e teclado), Lenny Davidson (guitarra), Rick Huxley (baixo) e Denis Payton (saxofone, gaita e guitarra).

Seu primero sucesso foi em janeiro de 1964, quando a música "Glad All Over" atinge o #1 nas paradas britânicas. O sucesso continuou com "Because", "Bits and Pieces", "Over and Over" (#1 nos Estados Unidos) e a banda ainda se apresentou mais 18 vezes no The Ed Sullivan Show.

Depois de um sucesso incrível alcançado depois de uma participação no filme Catch Us If You Can, de 1965 e um especial de TV de 1967, e dos sucessos com as músicas "Ninetten Days" e "You Got What It Takes" a banda começou seu declínio devido à recusa de abraçar a nova moda psicodélica dos hippies.

Todavia tentaram ao final da década seguir o gosto do público, como mostra a canção "Everybody Get Together", cujo vídeo é parecido com "All You Need is Love" dos Beatles. Embora tenham tido êxito com a música, o grupo já havia caído muito e não conseguiu sobreviver por muito tempo. Em 1970 eles se separaram.

Depois do fim da banda Clark montou uma companhia de mídia, comprando os direitos do lendário programa pop dos anos 60 "Ready, Steady, Go!". Clark fez com que a série fosse reeditada para que cada episódio apresentasse uma performance da Dave Clark Five.








_-_

Jeff Beck - Truth [1968]


Jeff Beck - Truth [1968]

Banda: Inglesa
Produtor: Mickie Most
Formação da Banda: Jeff Beck, and your little band: Rod Stewart, Micky Waller, Ronnie Wood, Nicky Hopkins, Keith Moon, Jimmy Page, John Paul Jones.
Posição na Billboard:
15° posição

60’s Hotel: Depois de deixar os Yardbirds em 1966 e lançar um compacto em 1967, o genial guitarrista Jeff Beck resolveu encarar de cabeça a carreira solo. Como cantar não era mesmo com ele, chamou para o microfone um certo Rod Stewart, moleque rouco que vinha de uma série de pequenas bandas. Para o baixo, recrutou Ronnie Wood, irmão de Art Wood, dono da banda que revelaria Jon Lord. Já as baquetas ficaram com Micky Waller, do John Mayall's Bluesbreakers.

Então, em 1968 lançou Truth, disco este que antecedeu o trabalho de estréia do Led Zeppelin em quatro meses. Beck, aliás, acusaria Jimmy Page de roubar idéias suas, incluindo fazer uma cover the "You Shook Me", de Willie Dixon. Como os dois estavam completamente imersos na cena musical londrina e tocaram juntos por quase um ano, é mais provável que tenham desenvolvido o estilo paralelamente.

"Truth" abre com uma versão matadora de "Shapes of Things", um sucesso do próprio Yardbirds. Tão marcante que a maioria das regravações posteriores remete à versão de Beck, não à original. Outro destaque é "Ol' Man River", uma canção americana composta em 1927 para o musical Show Boat e que já foi regravada por inúmeros artistas durante as décadas. 
A letra fala do sofrimento dos negros que trabalhavam ao longo do Mississippi e o arranjo é simplesmente sensacional.

E é impossível deixar de citar "Blues De Luxe", um longo e delicioso blues em que a voz de Stewart brilha ao lado da guitarra de Beck e do piano do convidado Nicky Hopkins, onipresente nos discos de rock da época.

Aliás, os convidados são um caso à parte. John Paul Jones, futuro baixista e tecladista do Led Zeppelin, toca órgão em "Ol' Man River", que conta ainda com o grande Keith Moon tocando tímpanos.

A versão do instrumental "Beck's Bolero" é a mesma do compacto que o guitarrista lançara no ano anterior, daí tem uma formação diferente... Jones toca o baixo, Moon a bateria, Hopkins o piano e Jimmy Page na guitarra de 12 cordas, com Beck solando. A música, aliás, foi outro motivo de briga entre os guitarristas. Ela é creditada somente a Page, mas Beck diz que também participou da criação, contribuindo com o riff. Talvez em resposta, Page usou o mesmíssimo riff em "How Many More Times", no disco de estréia do Zeppelin. 

Ô turminha encrenqueira... Existe um obscuro ditado: "Em briga de God's of Guitar ninguém deve meter a paleta!!!".

Jeff Beck produziu 'Truth' em dois anos, entre 66 e 68, logo ao sair do Yardbirds. Gravado no Abbey Road Studios em Londres, em várias e longas sessões, contando com os vários convidados já mencionados. "Era muita estrela pra pouca constelação".






_-_

Muddy Waters - Muddy Waters At Newport [1960]

  


Muddy Waters - Muddy Waters At Newport [1960]

Banda: Americano
Produtor: Leonard Chess
Formação da Banda: Muddy Waters - Otis Spann - James Cotton - Pat Hare

Posição na Billboard: #não encontrado

60’s Hotel: Enfim, acho que é a primeira postagem com o Blues dele; Sim! Mr. Badass Muddy Waters...

Muddy Waters é responsável pelo começo da transformação do blues, de um blues mais amplificado, que mais tarde influenciaria muitos guitarristas e daria mais força ao rock que viria posteriormente, enfim isso é história – recomendo o filme Cadillac Records, ótimo filme e ilustra bem essa e as fantásticas transformarções que esse galera causou nesta fase da música, e claro, o que Muddy foi, pelo menos em certa época.

Muddy Waters já era um bluesman consagrado no fim dos anos 50. No entanto, sua influência só era notada na música negra americana. Consegue imaginar o estrondo que sua apresentação no festival de jazz de Newport causou? A 'sociedade branca' entrou em colapso naquele momento ao perceber o swing e a 'magia negra' na voz e nas cordas de Waters.

Era sua primeira gravação ao vivo além de tudo e com certeza uma das melhores gravações ao vivo da história da música, pois soa refrescante até hoje, quase 50 anos depois.

Este álbum foi influência de músicos como Jimmy Page e Eric Clapton, além de ser um dos principais discos da história do blues. Simplesmente incendiário.

Uma curiosidades sobre a capa. O álbum mostra Muddy Waters no Newport Jazz Festival segurando um violão semi-acústico . Quando o fotógrafo, William Claxton , pediu-lhe para posar para a capa, Muddy deixou sua Fender Telecaster (que tocou durante todo o show) no palco e segurou o violão semi-acústico, do seu amigo John Lee Hooker.





_-_

Dr. John, The Night Tripper - Gris-Gris [1968]

Dr. John, The Night Tripper - Gris-Gris [1968]

Banda: Americana
Produtor: Harold Battiste
Formação da Banda: Dr. John, Dr. Battiste, Richard "Dr. Ditmus", "Senador" Bob West, "Dr." John Boudreaux., "Governador" Plas Johnson, "Dr." Lonnie Boulden, "Dr." Steve Mann, "Dr." McLean, Mo "Dido"

Posição na Billboard: Não encontrado

60's Hotel: John Malcom Rebeneck Jr. nascido em 1940, conhecido pelo pseudônimo de Dr.Jonh, The Night Tripper, americano, compositor (maluco), Cantor, Guitarrista e Pianista...

Rebennack desejava fazer um álbum que combinasse as várias linhas da música de Nova Orleans por trás de um frontman chamado Dr. John, em homenagem a um negro chamado Dr. John Montaine, que alegava ser um monarca africano. Rebennack escolheu este nome depois de ouvir sobre Montaine de sua irmã, e sentir uma "afinidade espiritual" com ele. Rebennack adotou o próprio nome artístico de Dr. John.

Disco que vamos ver de Dr. John, é seu Debut. Disco cheio de experimentações e viagens, marca da segunda metade dos anos 60. A música produzida para este rimeiro disco mostrou a versatilidade de Dr. John indo e entrelaçando ritmos como o blues , pop , jazz , assim como Zydeco , boogie woogie e o velho Rock.

Gris-Gris seu álbum de estréia em 1968 combinou ritmos e cânticos vodu com a tradição da música de Nova Orleans, o que deu grande persona ao disco. Foi classificado em 143 Rolling Stone's 500 grandes albuns de todos os tempos. Mas não teve boa recepção na época, vindo a se tornar mais tarde cult na cena rocker mais moderna.

Em 2003, o álbum foi classificado em 143º lugar na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos da Rolling Stone.

Mais três álbuns de 1969 "Babilônia" , de 1970 "Remedies", e 1971, "The Sun", "Moon and herbs" foram lançados na mesma veia de "Gris-Gris", mas nenhum deles têm ou chegaram ao resultado de seu grande debut. 






_-_

The Stooges - The Stooges [1969]


The Stooges - The Stooges [1969]

Banda: Americana
Produtor: John Cale, Jac Holzman, Don Galluci e Iggy Pop
Formação da Banda: Iggy Pop – Dave Alexander – Ron Asheton – Scott Asheton
Posição na Billboard: Não encontrado

60's Hotel: Stooges é uma banda estranha de se comentar. Ou melhor, nem tanto: ela sim é que pode ser chamada de aborto elétrico. Eram tão indiferentes no palco quanto o público que ia assisti-los, tanto que eles transformaram suas primeiras apresentações em happenings políticos e humoristicamente incorretos, atingindo a quintessência da bizarrice em seus momentos de exibicionismo, mergulhos suicidas no meio do público e excêntricos rituais de auto-flagelação - da parte do Mr. Iggy. Foram descobertos por um executivo da Elektra Records, Denny Fields, que foi à Detroit atrás do MC5 e, depois de ser contagiado pela performmance deles, acabou convidando a turma de Iggy Pop para gravar um disco pelo selo.

O primeiro problema: para um álbum, eles tinham, apenas cinco músicas - que, por sinal, era todo o repertório da banda.

O segundo: ter que compor mais quatro. Iggy tentou em vão convencer o produtor, John Cale (sim, ele mesmo)parceiro de Lou Reed nos melhores discos da Velvet Underground, a gravar os temas, o verdadeiro suprassumo em termos de rock barulhento, garageiro e elementar (I Wanna Be Your Dog e seus quatro acordes) da melhor (pior?) espécie - no viria ser a maior característica Punk Rocker - com a mesma performance ao vivo, mas foram prontamente rechaçados. 

Sem saída, em tempo recorde eles compuseram, ensaiaram e gravaram "Real Cool Time", "Not Right" e "Little Doll". Cale mixou o disco, e a gravadora não gostou nada do resultado. Sobrou para Iggy, junto com o dono do selo, Jac Holzman, salvar aquele maldito feto abjeto, fedorento e ranhento e lançá-lo. Resultado: o disco passou batido. Assim como aconteceria com o seu sucessor, Fun House. Pois deu no que deu. 

Na época, ninguém ouviu, ninguém comentou; passou literalmente batido. Ou seja, era um aborto que tinha tudo para não dar certo, certo? Errado. Só uns quatro anos depois é que alguém ia parar para ouvir petardos como “No Fun”, “Ann” e a super-ultra-cool “Not Right”. Mas o tempo cuidou de desfazer tamanha injustiça. Como todos sabem, anos depois eles seriam considerados os criadores do punk avant le lettre. Os wah wahs stoogianos mostravam que o moribundo e puído flower power já estava com dias contados (a pá de cal seria em Altamont), só não viu quem não quis. 

Azar dos puristas: a verdade é que os Stogges estavam certos o tempo todo, e pra quem escuta este disco hoje em dia pode dizer que, claro são músicas simples de poucos acordes muitas distorções, performances pra lá de malucas, mas não podemos esquecer que estamos falando de 1969 ano em que bandas atravessavam todo virtuosismo e loucura da psicodelia, e o Super Stooges, claro junto de outras bandas na minha opinião, estava projetando algo que quase dez anos depois tomaria conta e seria a primordial transformação e revolução cultural e musical da história - O Punk.





_-_