60's Intro

Velvet Underground – White Light/White Heat [1967]



Velvet Underground – White Light/White Heat [1967]

Banda: Americana
Produtor: Tom Wilson
Formação da Banda: Lou Reed, John Cale, Sterling Morrison, Maureen Tucker
Posição na Billboard: # 199° posição


60’s Hotel: Nenhuma banda me causa tanta inquietação como o Velvet Underground, deve ser a atmosfera obscura, originalidade e também por ser uma daquelas bandas que nunca serão unânimes, resumindo ame-a ou deixa-a de vez... Esse disco particularmente ainda, tem o diferencial do que se tornaria o símbolo da contracultura, pop culture, ele não conta com os vocais de Nico e a Pop Art de Andy Warhol, pelo contrário mostra-se um disco mais cru e visceral, do quarteto do Velvet, mais ainda assim vale muito a pena ter, conhecer e tudo mais que for possível.

As gravações deste que é o segundo disco do Velvet duraram apenas dois dias, com um estilo bastante diferente de The Velvet Underground and Nico. Apesar de ter vendido pouco, o som distorcido e cheio de feedbacks presente em White Light/White Heat desde então se tornou uma influência majoritária no movimento do punk rock. Em 2003, a revista Rolling Stone, em sua lista dos "500 Maiores Álbuns de Todos os Tempos", colocou em 292º lugar.

Praticamente todas as canções do álbum contêm um quê de experimentalismo ou avant-garde. The Gift, por exemplo, contém o recital de um conto e instrumentação de rock barulhenta em dois canais de estéreo diferentes. I Heard Her Call My Name é notável por seus solos de guitarra distorcidos e o uso proeminente de feedback.

O álbum também é memorável pelas letras de Lou Reed, que freqüentemente enfocam temas como uso de drogas e absurdos sexuais, incluindo a canção Lady Godiva's Operation, que fala sobre a operação para trocar de sexo de uma drag queen, e a faixa-título, que glorifica o uso de anfetaminas.
A última música é Sister Ray, uma improvisação barulhenta de 17 minutos.

A capa de White Light/White Heat é a imagem fraca de uma tatuagem de caveira. É difícil perceber o desenho, já que ele é preto e a cor de fundo é um tom um pouco mais claro de preto. 


É o ultimo álbum com a participação de John Cale fundador da Banda. Foi gravado em apenas dois dias, e com um estilo visivelmente diferente do que The Velvet Underground & Nico.
John Cale descreveu White Light / White Heat como "um registro muito raivoso ... O primeiro tinha alguma gentileza, alguma beleza O segundo foi conscientemente anti-beleza.".

Sterling Morrison disse: "Estávamos todos puxando no mesmo sentido. podemos ter sido arrastando uns aos outros fora de um penhasco, mas estávamos todos definitivamente indo na mesma direção. na era / White Light White Heat, nossas vidas estavam em caos. Isso é o que se reflete nas gravações. 

Durante a gravação de "Sister Ray", o produtor Tom Wilson teria deixado o estúdio em vez de suportar a cacofonia feita pela banda.




_-_

Big Brother And The Holding Company - Cheap Thrills [1968]


Big Brother And The Holding Company - Cheap Thrills [1968]

Banda: Americana
Produtor: John Simon
Formação da Banda: Janis Joplin - Sam Andrew - James Gurley - Peter Albin - Chuck Jones
Posição na Billboard:

60’s Hotel: Cheap Thrills deveria se chamar Expensive Thrills, tamanha sua preciosidade. O último disco de Janis Joplin com a Holding Company é espetacular, da primeira à última faixa. Os gritos, uivos e tudo o mais proporcionado por Janis é de arrepiar em faixas como Turtle Blues e Ball And Chain.
O hit supremo Piece Of My Heart nem precisava ser citado, já que é obrigatório em qualquer coletânea sobre as grandes músicas de todos os tempos. A simbiose de Joplin e banda, a esta altura infelizmente não era mais a melhor possível, ao contrário do que se apresenta no disco. Em dezembro de 68 a cantora já deixaria o grupo para um vôo solo que, embora a consolidasse no topo, talvez nunca mais alcançasse o vigor e a agressividade deste álbum, lançado em agosto do mesmo ano.

A capa, desenhada pelo mito Robert Crumb, é um espetáculo à parte e retrata o potencial da banda em desafiar a grande obra da pop art da época, ainda o Sgt. Peppers. E foi uma exigência de Joplin para a capa. Joplin era grande fã de Robert Crumb e quadrinhos undergrounds da época.

Ainda flutuando no boom de sua apresentação do Monterrey Pop Festival e com a qualidade da banda, que fez uma das maiores releituras da história do rock em Summertime, sucesso de todos os tempos do JAZZ, não seria impossível tornarem-se um dos maiores grupos do fim dos anos 60. Mas não há nada verdadeiro e concreto nos anos 60. O que há de concreto é Cheap Thrills, o magnífico álbum da voz mais emocionalmente desesperada da era de ouro do rock.

The Who - My Generation [1965]


The Who - My Generation [1965]

Banda: Inglesa
]Produtor: Shel Talmy
Formação da Banda: Pete Townshend - Roger Daltrey - John Entwistle - Keith Moon
Posição na Billboard: #74° posição

60’s Hotel: O disco de estréia do The Who é muito mais mítico que real. Por ter o nome da extraordinária canção My Generation e por pretensamente expressar a voz de sua geração, ele é envolto numa névoa de genialidade muito maior do que é realmente palpável. Ele é composto de algumas boas canções como a já citada, além de outro clássico, The Kids Are Alright, e ainda The Good's Gone e I Don't Mind. Mas não vai muito além disso. Não é o Who sofisticado, destruidor, furioso e tudo o mais que sempre ouvimos falar. É uma banda inglesa com seu 60's pop rock, acima de tudo.

Neste disco eles não conseguiram canalizar precisamente toda a energia que os tornariam lendas do rock. É um disco de estréia bom, sem dúvidas. Mas é um pouco menor do que eles viriam a ser depois.

O album não foi tão bem recepcionado nos Estados Unidos como na Europa e Oceania, em vários países da Europa 'My Generation' foi top 10, enquanto na Billboard alcançou apenas a 74° posição, não é muito difícil de explicar, quando você conhece melhor o cenário do Rock na época. De 65 a 69 as bandas que não iniciaram a psicodelia em meados de 65, e não chegaram com força no Flower Power do fim dos anos 60 em plena Woodstock, por mais que atingissem expressão não alcançaram boas posições na Billboard americana. Ou se enquadrava ou não teria boas marcas nas paradas americanas, coisa que não correspondia igualmente no Reino Unido e resto da Europa.


My Generation é e foi o embrião declarado do Punk Rock, como Kinks em seu primeiro álbum, Stooges e Iggy Pop com seu álbum de poucos acordes e outros mais.


É fácil se imaginar em uma festa MOD em Londres com várias Lambretas estacionadas na calçada e curtindo faixa a faixa deste disco sensacional, é a perfeita visão e divisor de uma geração. 'My Generation' foi produzido em 220 volts, feito pra queimar e eletrificar quem o ouve.

Them - Angry young Them [1965]


Them - Angry young Them [1965]

Banda: Irlandesa
Produtor: Bert Berns, Dick Rowe
Formação da Banda: Van Morrison, Billy Harrison , Eric Wrixon, Alan Henderson e Ronnie Millings
Posição na Billboard: #54º posição

60's Hotel: Este é o primeiro album desta banda que é uma das minhas favoritas dessa época, a pequena curiosidade que envolve o nome da banda - Them, como o Big Brother the Holding Company, que nada mais foi a banda de onde saiu a Janis Joplin - o nome Them acabou se dissolvendo para o público por ter saído a estrela Van Morrisson, coisas do mercado fonográfico, "assim fará mais sucesso" ou "largue eles que lhe arrumo um ótimo contrato". Que na minha opinião junto de Joe Cocker, Mick Jagger e Jim Morrisson foram os maiores interpretes da época sem sombras de dúvidas... 

Voltemos ao Them – Bert Berns e Dick Rowe dividiram a produção deste album, gravado pela Decca Records Them é lançado em junho de 1965 e teve seu nome mudado para The "Angry" Young Them. As suas 14 faixas mostram um grupo feroz, tocando um Rock e R&B básico, muito bem executado e trazendo clássicos como “Gloria”, além de “Mystic Eyes” e “Bright Lights, Big City”, de Jimmy Reed, entre outras canções. Que até hoje são simbolos do rock.

O disco teve ótima recepção por parte de crítica e público, alcançando o primeiro lugar na Irlanda, o oitavo posto na Inglaterra e a 54ª posição na Billboard. Em seguida sai um novo compacto, One More Time / How Long Baby. Mas, apesar do sucesso, o grupo dava claros sinais de que não duraria muito tempo. Brigas e contratempos entre os vários integrantes e substitutos da banda, produtor que sobre carregava a banda com apresentações, cobrança da gravadora com composições e gravações novas para que fosse gerado mais lucro. Enfim, em volta deste furacão, pairava o talento de toda banda e do selvagem Van Morrisson.

O que posso dizer depois deste resumo sobre Them, o "Angry " young Them, só por "Gloria", esse baita clássico do rock, já vale apena escutar essa banda fabulosa.




 
_-_

Paul Revere And The Raiders - Midnight Ride [1966]


Paul Revere And The Raiders - Midnight Ride [1966]

Banda: Americana

Produtor: Terry Melcher
Formação da Banda: Mark Lindsay - Drake Levin - Phil Volk - Mike Smith - Paul Revere
Posição na Billboard:
# 4° posição

60's Hotel: Aqui está mais uma banda americana da turma da Garage Rock. Banda que marcou época e mostrava força e nadava contra a onda britânica.

Não que eles sejam melhores que Beatles, Stones, Who, Byrds, Beach Boys, Doors, não. Mas eles conseguiram reunir influências de cada grande disco no seu som. A energia do Who, a agressividade dos Animals, a harmonia dos Beatles, os hits dos Stones, enfim, eles conseguiram demonstrar em Midnight Ride que uma banda americana poderia fazer o rock desejado sem participar da "invasão britânica". 


'Kicks', o hino anti-drogas (não da pra acreditar mas existiu...) e 'I'm Not Your Stepping Stone' (posteriormente regravada pelos Sex Pistols) são canções que muitas das bandas citadas gostariam de ter como seus singles, tamanha a qualidade. 'Louie Go Home' e 'Melody For An Unknown Girl' também são muito boas, no fim das contas fica até difícil falar alguma ruim. 'All I Really Need Is You' poderia muito bem ter sido o hino dos anos 60. Mas não foi.

Paul Revere and The Raiders nunca foi uma banda adorada, apesar de venderem bem seus discos nos Estados Unidos e atingirem algum status no mainstream americano. Por mexer com o nome de um mártir da independência americana (Nota*), Paul Revere (Nome do organista líder da banda) e, além disso, se vestirem como soldados de época e fazerem peripécias no palco, nunca foram vistos com muita confiança e bons olhos, diferente dos queridinhos Beatles e outros nomes da América como os Beach Boys por exemplo.

                  Foto. Paul Revere and The Raiders.

Talvez esse seja um dos motivos do nome da banda de Paul Revere não ser lembrada como merecido. Mas deixou em Midnight Ride, assim como o primeiro Paul Revere, uma lembrança importante para a independência musical americana.
 





Nota* Paul Revere foi um dos patriotas da guerra da independência dos Estados Unidos, e suas "corridas noturnas" são consideradas um símbolo de patriotismo. Além de mensageiro de batalha, colaborou na organização da rede de inteligência para controlar os movimentos das forças britânicas. 
 
_-_

Les Fleur de Lys - Reflections [1965/1969]


Les Fleur de Lys - Reflections [1965/1969]

Banda: Inglesa
Produtor: Jimmy page
Formação da Banda: Frank Smith, Gary Churchill, Alex Chamberlain, Keith Guster, Pete Sears
Posição na Billboard: #Não encontrado

60's Hotel:  Com um som agressivo marcante e bem pulsante o Les Fleur De Lys representa bem o rock da rainha...

Um dos grandes álbuns do final dos anos 60, infelizmente pouco conhecido. Traz gravações de todo o curto período de existência desta obscura banda inglesa, entre os anos de 1965 e 1969, tendo sido editado em 1996. O grupo nunca alcançou um grande sucesso e as constantes mudanças na formação dificulta o rastreamento de sua trajetória.

O único membro constante foi o baterista Keith Guster. Alguns músicos depois ficaram famosos ao tocar em bandas como Journey e Jefferson Starship, como o tecladista Pete Sears, e King Crimson, como o baixista Gordon Haskell.

O estilo inicial da Fleur de Lys, mod-psicodélico, mais tarde ficou conhecido como "freakbeat", com uma forte influência da soul music. Alguns singles chegaram a ser produzidos por Jimmy Page, do Led Zeppelin, e há controvérsias sobre se ele tocou ou não guitarra nessas faixas. A faixa instrumental de número 19 é dele. Jimmy compondo em seu melhor estilo Chuck Berry mais apurado.

Este disco abre com um cover do The Who, "Circles", exibindo muitas guitarras distorcidas, característica que marcou a banda. A cantora africana Sharon Tandy, que em determinado momento se juntou à banda, manda ver em "Daughter of the Sun" e "Hold On". Ao todo são 24 faixas - sendo 14 gravadas sob o nome Les Fleus de Lys e o restante registradas sob os nomes Rupert's People, Chocolate Frog e Shyster. Outras foram gravadas individualmente por Sharon Tandy, John Bromley e Waygood Ellis. Quase todas trazem toques interessantes de psicodelia, soul e harmonias leves. Enquanto que "Gong with the Luminous Nose" é extremamente psicodélica, "Sugar Love" é extremamente melódica.

Sharon Tandy mais tarde manteria sua carreira solo, e se tornaria a primeira mulher branca a assinar com a Stax Records. Jimmy Paige produziu seu primeiro disco e c-produziu seu segundo disco com Glyn Johns. 

Le Fleur de Lys eram gerenciados pela Atlantic Records, que era responsável por descobrir Sharon Tandy.





_-_

The Doors - The Soft Parade [1969]



The Doors - The Soft Parade [1969]

Banda: Americana
Produtor: Paul A. Rothchild
Formação da Banda: Jim Morrison, Robby Krieger, Ray Manzarek e John Densmore
Posição na Billboard: # 3°posição

60’s Hotel: Gravado no período de outubro de 68 a abril de 69, The Soft Parade é o 4º album lançado pelos "DOORS" em julho de 1969. Esse disco marca um pouco o individualismo da banda, enquanto Jim Morrison estava produzindo e preocupado com a publicação de livros de poemas escritos por ele. A presença forte de Robby Krieger simbolisa o disco, um pouco mais da metade das musicas do disco são dele, e uma unica em parceria com Jim Morrisson, diferente dos outros discos. 

O album apresenta muito uma mudança drástica em relação a sonoridade em relação aos albuns anteriores, contando com arranjos de metais e cordas, o que foi mal recepcionado pelo fãs, que esperavam mais do The Doors sujo e letras marcantes de Morrison, e conquistando péssimas críticas o que depois abandonariam nos discos seguintes da banda, voltando ao rock/blues mais simples em "Morrisson Hotel" e "LA Woman".

O Doors soa mais como um disco perdido de whiskeys Bar, ou um sarau de poemas insano rodeado de rock in roll, do que um simples álbum cheio de lirismo como o The Soft Parade, mas também vale a intenção de mudanças e variações dentro de sua própria arte.

Soa como o amadurecimento dos integrantes dentro de suas próprias sonoridades muito além do que a crítica que sempre os massacraram dizia sobre eles, como sombras e caras que apenas acompanhavam Jim Morrison. 

É louvável pensar que uma banda que lançou seu primeiro album em 1967, album super denso com músicas marcantes, ícones do rock, dois anos depois em seu quarto disco estaria se reinventando tanto com Soft Parede. O álbum é incrível como toda obra do The Amazing Doors.




_-_

Garage Rock Band's [1963 a 1967]

Garage Rock é o termo atribuido ao rock and roll que ficou famoso primeiramente nos Estados Unidos da América e Canadá entre 1963 e 1967. O rock de garagem não foi reconhecido como um gênero de música independente, durante os anos 1960, e nem foi dado nenhum nome específico, nestes anos, para seu estilo. No início dos anos de 1970, alguns críticos do rock retroativamente batizaram de punk rock. Contudo, o estilo musical foi mais tarde atribuído o termo, rock de garagem, ou punk dos anos 60, para evitar confusão com a música das bandas punk do fim da década de 1970, tais como Sex Pistols e The Clash – ambas inglesas.

Deve-se a origem do termo informal, rock de garagem, as bandas dos adolescentes que muito desejavam seguir seus ídolos de rock mas que não podiam pagar as horas caras de ensaios musicais em estúdios profissionais, com seu alto custo de aluguel e, como alternativa, ensaiavam nas suas garagens de casa. Outro termo similar usado, as vezes, é backyard band (bandas de fundo de quintal) - bandas que tocavam em festinhas caseiras.


Mais tarde algumas destas bandas eram chamadas para excursionar pelo país como bandas de aberturas para as bandas que vinham da Inglaterra para suas turnês.

O estilo foi caracterizado pelas gravações com baixo custo de produção, geralmente realizadas por adolescentes nas garagens de suas casas. A gravação de 1958 "Jenny Lee" de Jan and Arnie (que posteriormente tornou-se Jan and Dean), é considerada marco inicial do gênero.

O estilo evoluiu das cenas regionais dos Estados Unidos desde 1958 com artistas como The Wailers e Link Wray. No começo da década de 1960 o estilo passou a ganhar proporções nacionais daquele país, com bandas como The Kingsmen, Paul Revere and the Raiders, The Trashmen, The Rivieras e The Sonics e outras. A Invasão Britânica dessa época também influenciou na modelagem do som do rock de garagem, além de incentivar a formação de novas bandas de rock. Os artistas britânicos mais referenciados eram aqueles com grandes bases no blues como The Kinks, The Animals, The Yardbirds, The Pretty Things e The Rolling Stones. Os Beatles eram considerados influência por todas as categorias de bandas da época, ainda que os puristas do Garage Rock os rebaixavam devido à grande diversidade do som da banda.



Garage Rock Band - The Sonics

O estilo de garagem, que teve seu auge comercial em 1966, acabou decaindo em popularidade até sua extinção em 1970. Na década de 1970 o estilo foi revigorado sobre nova roupagem, o punk rock. Inclusive o termo era utilizado originalmente para identificar exclusivamente o rock de garagem, que ganhou esse novo termo para que as bandas da década de 1960 não fossem confundidas ou misturadas com a nova geração de bandas tais como Sex Pistols.

Na minha opinião, o apogel dos dois eventos culturais que foram o British Invasion (britanico) e Garage Rock (americano) foi devido ao movimento da Psicodelia pois ela foi abrangente nos dois países, gerando concertos ao ar livre e festivais pela paz e etc e tal. O que trocaria o foco, e modificaria toda produção musical tambem...
Aqui estão eles, com um ícone do Garage Rock a "Louie Louie" - The Kingsmen:


_-_

The Chambers Brothers - The Time Has Come [1967]


The Chambers Brothers - The Time Has Come [1967]

Banda: Americana
Produtor: David Rubinson
Formação da Banda: George, Willie, Lester, Joe Chambers e Brian Keenan
Posição na Billboard: 11º

60’s Hotel: Os americanos do The Chambers Brothers são uma banda de soul music cheios de swing. Os vocais da banda são excelentes, e a sonoridade deles os torna únicos, não da pra enumerar os destaques do disco, ele é ótimo do começo ao fim. A faixa título do disco, The Time Has Come, foi regravada pelo Ramones. Estou gastando palavras aqui, sou muito fã dos Chambers Brothers, vamos aos fatos.

O grupo foi formado em 1954 em Los Angeles, California, por quatro irmãos do Mississipi: George, Willie, Lester e Joe Chambers. Eles excursionaram intensamente pelo sul da California, mas não tiveram nenhum sucesso notório até 1965, quando, com a inclusão do baterista Brian Keenan, apareceram no Newport Folk Festival. Logo em seguida eles gravaram seu álbum de estréia People Get Ready.

A banda alcançou seu maior sucesso em 1968 com a música Time Has Come Today (escrita por Joe e Willie Chambers), do álbum quase-homônimo The Time Has Come. A música se manteve por cinco semanas consecutivas no 11º lugar do Billboard Hot 100, por pouco não alcançando o Top Ten. Encontrando dificuldade para manter-se no sucesso, separaram-se em 1972. Reagruparam-se em 1974 para gravar Unbonded, e têm excursionado regularmente desde então. Keenan morreu de problemas cardíacos em 1986.

Time Has Come Today foi produzida por Vault e "prensada" em 1968. Essa música foi muito cabeça para seu tempo. Ela usou vários efeitos diferentes na gravação. É bem característica a presença constante do som de um "ogogô" (cow bell) durante toda a música, fazendo um "tic-toc" ininterrupto. Para o efeito de "eco" um Echoplex foi usado, como era comum nos dias anteriores ao delay digital, além de efeitos de reverb e fuzz face. No entanto a maioria dos sons psicodélicos são ouvidos na versão mais longa da música e não na mais curta.
A finalidade dos estranhos efeitos incluindo os efeitos vocais (sons de bombas sendo lançadas, explosões, tiros, e outros) é reproduzir os sons de guerra (no caso, a Guerra do Vietnan, em que os Estados Unidos da América do Norte estiveram envolvidos)


A canção teve destaque em muitos filmes também. Diretor Hal Ashby utilizou em 11:06 como pano de fundo para a cena clímax entre o capitão Robert Hyde ( Bruce Dern ) e uma esposa infiel ( Jane Fonda ), no filme vencedor do Oscar 1978 'Coming Home'. 

The Chambers Brothers também faz parte de uma lista que criei de bandas que fizeram muito sucesso de público e críticas nos anos 60, sendo estrelas de casas de shows como o Whisky a Go Go por exemplo, mas, que não são conhecidas mundialmente nos dias de hoje. Exemplo inverso, por incrível que pareça, a maior delas, o The Doors, que cansou de abrir shows para o The Chambers Brothers, em shows pela California.




_-_

The Band - Music from Big Pink [1968]



The Band - Music from Big Pink [1968]


Banda: Canadense
Produtor: John Simon
Formação da Banda: Rick Danko - Levon Helm - Garth Hudson - Robbie Robertson - Richard Manuel
Posição na Billboard: apenas #30º posição

60’s Hotel: O debut da banda que ajudou Bob Dylan a amplificar o folk em 66, lançou seu album no verão de 68 com composições próprias devido ao tempo que tiveram graças ao acidente de moto de Bob Dylan que os afastaram das turnes por algum tempo. Com tempo de sobra a The Band gravou e produziu duas joias do 60's hotel  o album Music from Big Pink, e The Band album homônimo.

O melhor e o que mais gosto de toda trajetória dessa banda, que a The Band não gravou apenas suas músicas, eles tentaram trabalhar um conceito, várias vozes excelentes músicos, cada música tem sua singularidade, fora o visual meio colonial que adotaram para que parecessem uma banda perdida no tempo - ressaltar que o Beatles copiou escancaradamente no disco Abbey Road - o ensaio fotografico e assinado por Elliot Landy, grande cara, criou um clima ainda mais especial para essa banda, e claro, para colocar a cereja em riba do the cake.

A capa é simplesmente nada mais nada menos que dele Mr. Bob Dylan, dizer o que.

Em 2003, o álbum foi classificado na 34 ª Rolling Stone's lista revista das 500 maiores álbuns de todos os tempos.