60's Intro

The Doors - The Soft Parade [1969]



The Doors - The Soft Parade [1969]

Banda: Americana
Produtor: Paul A. Rothchild
Formação da Banda: Jim Morrison, Robby Krieger, Ray Manzarek e John Densmore
Posição na Billboard: # 3°posição

60’s Hotel: Gravado no período de outubro de 68 a abril de 69, The Soft Parade é o 4º album lançado pelos "DOORS" em julho de 1969. Esse disco marca um pouco o individualismo da banda, enquanto Jim Morrison estava produzindo e preocupado com a publicação de livros de poemas escritos por ele. A presença forte de Robby Krieger simbolisa o disco, um pouco mais da metade das musicas do disco são dele, e uma unica em parceria com Jim Morrisson, diferente dos outros discos. 

O album apresenta muito uma mudança drástica em relação a sonoridade em relação aos albuns anteriores, contando com arranjos de metais e cordas, o que foi mal recepcionado pelo fãs, que esperavam mais do The Doors sujo e letras marcantes de Morrison, e conquistando péssimas críticas o que depois abandonariam nos discos seguintes da banda, voltando ao rock/blues mais simples em "Morrisson Hotel" e "LA Woman".

O Doors soa mais como um disco perdido de whiskeys Bar, ou um sarau de poemas insano rodeado de rock in roll, do que um simples álbum cheio de lirismo como o The Soft Parade, mas também vale a intenção de mudanças e variações dentro de sua própria arte.

Soa como o amadurecimento dos integrantes dentro de suas próprias sonoridades muito além do que a crítica que sempre os massacraram dizia sobre eles, como sombras e caras que apenas acompanhavam Jim Morrison. 

É louvável pensar que uma banda que lançou seu primeiro album em 1967, album super denso com músicas marcantes, ícones do rock, dois anos depois em seu quarto disco estaria se reinventando tanto com Soft Parede. O álbum é incrível como toda obra do The Amazing Doors.




_-_

Garage Rock Band's [1963 a 1967]

Garage Rock é o termo atribuido ao rock and roll que ficou famoso primeiramente nos Estados Unidos da América e Canadá entre 1963 e 1967. O rock de garagem não foi reconhecido como um gênero de música independente, durante os anos 1960, e nem foi dado nenhum nome específico, nestes anos, para seu estilo. No início dos anos de 1970, alguns críticos do rock retroativamente batizaram de punk rock. Contudo, o estilo musical foi mais tarde atribuído o termo, rock de garagem, ou punk dos anos 60, para evitar confusão com a música das bandas punk do fim da década de 1970, tais como Sex Pistols e The Clash – ambas inglesas.

Deve-se a origem do termo informal, rock de garagem, as bandas dos adolescentes que muito desejavam seguir seus ídolos de rock mas que não podiam pagar as horas caras de ensaios musicais em estúdios profissionais, com seu alto custo de aluguel e, como alternativa, ensaiavam nas suas garagens de casa. Outro termo similar usado, as vezes, é backyard band (bandas de fundo de quintal) - bandas que tocavam em festinhas caseiras.


Mais tarde algumas destas bandas eram chamadas para excursionar pelo país como bandas de aberturas para as bandas que vinham da Inglaterra para suas turnês.

O estilo foi caracterizado pelas gravações com baixo custo de produção, geralmente realizadas por adolescentes nas garagens de suas casas. A gravação de 1958 "Jenny Lee" de Jan and Arnie (que posteriormente tornou-se Jan and Dean), é considerada marco inicial do gênero.

O estilo evoluiu das cenas regionais dos Estados Unidos desde 1958 com artistas como The Wailers e Link Wray. No começo da década de 1960 o estilo passou a ganhar proporções nacionais daquele país, com bandas como The Kingsmen, Paul Revere and the Raiders, The Trashmen, The Rivieras e The Sonics e outras. A Invasão Britânica dessa época também influenciou na modelagem do som do rock de garagem, além de incentivar a formação de novas bandas de rock. Os artistas britânicos mais referenciados eram aqueles com grandes bases no blues como The Kinks, The Animals, The Yardbirds, The Pretty Things e The Rolling Stones. Os Beatles eram considerados influência por todas as categorias de bandas da época, ainda que os puristas do Garage Rock os rebaixavam devido à grande diversidade do som da banda.



Garage Rock Band - The Sonics

O estilo de garagem, que teve seu auge comercial em 1966, acabou decaindo em popularidade até sua extinção em 1970. Na década de 1970 o estilo foi revigorado sobre nova roupagem, o punk rock. Inclusive o termo era utilizado originalmente para identificar exclusivamente o rock de garagem, que ganhou esse novo termo para que as bandas da década de 1960 não fossem confundidas ou misturadas com a nova geração de bandas tais como Sex Pistols.

Na minha opinião, o apogel dos dois eventos culturais que foram o British Invasion (britanico) e Garage Rock (americano) foi devido ao movimento da Psicodelia pois ela foi abrangente nos dois países, gerando concertos ao ar livre e festivais pela paz e etc e tal. O que trocaria o foco, e modificaria toda produção musical tambem...
Aqui estão eles, com um ícone do Garage Rock a "Louie Louie" - The Kingsmen:


_-_

The Chambers Brothers - The Time Has Come [1967]


The Chambers Brothers - The Time Has Come [1967]

Banda: Americana
Produtor: David Rubinson
Formação da Banda: George, Willie, Lester, Joe Chambers e Brian Keenan
Posição na Billboard: 11º

60’s Hotel: Os americanos do The Chambers Brothers são uma banda de soul music cheios de swing. Os vocais da banda são excelentes, e a sonoridade deles os torna únicos, não da pra enumerar os destaques do disco, ele é ótimo do começo ao fim. A faixa título do disco, The Time Has Come, foi regravada pelo Ramones. Estou gastando palavras aqui, sou muito fã dos Chambers Brothers, vamos aos fatos.

O grupo foi formado em 1954 em Los Angeles, California, por quatro irmãos do Mississipi: George, Willie, Lester e Joe Chambers. Eles excursionaram intensamente pelo sul da California, mas não tiveram nenhum sucesso notório até 1965, quando, com a inclusão do baterista Brian Keenan, apareceram no Newport Folk Festival. Logo em seguida eles gravaram seu álbum de estréia People Get Ready.

A banda alcançou seu maior sucesso em 1968 com a música Time Has Come Today (escrita por Joe e Willie Chambers), do álbum quase-homônimo The Time Has Come. A música se manteve por cinco semanas consecutivas no 11º lugar do Billboard Hot 100, por pouco não alcançando o Top Ten. Encontrando dificuldade para manter-se no sucesso, separaram-se em 1972. Reagruparam-se em 1974 para gravar Unbonded, e têm excursionado regularmente desde então. Keenan morreu de problemas cardíacos em 1986.

Time Has Come Today foi produzida por Vault e "prensada" em 1968. Essa música foi muito cabeça para seu tempo. Ela usou vários efeitos diferentes na gravação. É bem característica a presença constante do som de um "ogogô" (cow bell) durante toda a música, fazendo um "tic-toc" ininterrupto. Para o efeito de "eco" um Echoplex foi usado, como era comum nos dias anteriores ao delay digital, além de efeitos de reverb e fuzz face. No entanto a maioria dos sons psicodélicos são ouvidos na versão mais longa da música e não na mais curta.
A finalidade dos estranhos efeitos incluindo os efeitos vocais (sons de bombas sendo lançadas, explosões, tiros, e outros) é reproduzir os sons de guerra (no caso, a Guerra do Vietnan, em que os Estados Unidos da América do Norte estiveram envolvidos)


A canção teve destaque em muitos filmes também. Diretor Hal Ashby utilizou em 11:06 como pano de fundo para a cena clímax entre o capitão Robert Hyde ( Bruce Dern ) e uma esposa infiel ( Jane Fonda ), no filme vencedor do Oscar 1978 'Coming Home'. 

The Chambers Brothers também faz parte de uma lista que criei de bandas que fizeram muito sucesso de público e críticas nos anos 60, sendo estrelas de casas de shows como o Whisky a Go Go por exemplo, mas, que não são conhecidas mundialmente nos dias de hoje. Exemplo inverso, por incrível que pareça, a maior delas, o The Doors, que cansou de abrir shows para o The Chambers Brothers, em shows pela California.




_-_

The Band - Music from Big Pink [1968]



The Band - Music from Big Pink [1968]


Banda: Canadense
Produtor: John Simon
Formação da Banda: Rick Danko - Levon Helm - Garth Hudson - Robbie Robertson - Richard Manuel
Posição na Billboard: apenas #30º posição

60’s Hotel: O debut da banda que ajudou Bob Dylan a amplificar o folk em 66, lançou seu album no verão de 68 com composições próprias devido ao tempo que tiveram graças ao acidente de moto de Bob Dylan que os afastaram das turnes por algum tempo. Com tempo de sobra a The Band gravou e produziu duas joias do 60's hotel  o album Music from Big Pink, e The Band album homônimo.

O melhor e o que mais gosto de toda trajetória dessa banda, que a The Band não gravou apenas suas músicas, eles tentaram trabalhar um conceito, várias vozes excelentes músicos, cada música tem sua singularidade, fora o visual meio colonial que adotaram para que parecessem uma banda perdida no tempo - ressaltar que o Beatles copiou escancaradamente no disco Abbey Road - o ensaio fotografico e assinado por Elliot Landy, grande cara, criou um clima ainda mais especial para essa banda, e claro, para colocar a cereja em riba do the cake.

A capa é simplesmente nada mais nada menos que dele Mr. Bob Dylan, dizer o que.

Em 2003, o álbum foi classificado na 34 ª Rolling Stone's lista revista das 500 maiores álbuns de todos os tempos.

The Troggs-Cellopahne [1967]



The Troggs-Cellopahne [1967]

Banda: Inglesa
Produtor: Larry Page
Formação da Banda: Chris Britton · Pete Lucas · Dave Maggs · Reg Presley
Posição na Billboard: 1#


60's Hotel: Uma grande banda dessa era incrível dos anos 60 e da turma da British Invasion. Troggs típica banda inglesa, vocais marcantes boas linhas de guitarra versáteis com suas músicas indo de grandes ritmos potentes do rock a sweet Ballads, sobre tudo gosto muito da personalidade impressa no vocal Reg Presley - Deve ser mal de nome - Banda super bacana de se escutar, músicas bem produzidas, entre suas cancões mais famosas estão os hits "Wild Thing" - canção que influenciou bandas futuras e gravada por várias bandas - "With Girl Like You " minha preferida em questão e "Love Is All Around ", super ballad tambem gravada por vários interpretes.

Entre as lendas e estorinhas que envolvem o Troggs e seus hits - São amplamente vistos como uma banda muito influente, cujo som era uma inspiração para bandas do garage rock e punk rock. Por exemplo, o Troggs teria influenciado artistas como Iggy Pop, e a Banda punk Buzzcocks que incluiu  I Can't Control Myself em seu Set ao vivo. Ramones entra na lista de bandas punk que assumem a influencia do Troggs. O MC5 incluiu "I Want You" em seus shows e gravou a canção para o álbum Kick Out The Jams , embora rebatizou-o "I Want You Right Now". The Jimi Hendrix Experience com a fatal performance de "Wild Thing", durante sua aparição no 1967 Festival Pop de Monterey - Sua ironia e veneno aos americanos era algo incrível uma sombra de Jimi no palco visível para quem conhece sua história, grande parte do público achava que se tratava de uma banda holandesa - Com "Wild Thing" mesclada a trechos do hino nacional ele se revelou.

Voltando ao Troggs e sua música esse é o recheio de sua obra eu curto definir que a cara do Troggs são seus Riffs potentes aliados a voz marcante de Reg e suas letras simples - características da época marca de grandes bandas do 60's Hotel...




_-_

Deep Purple - Shades of Deep Purple [1968]


Deep Purple - Shades of Deep Purple [1968]
Banda: Inglesa
Produtor: Derek Lawrence
Formação da Banda: Rod Evans, Ritchie Blackmore, Nick Simper, Jon Lord, Ian Paice
Posição na Billboard: 4º posição

60’s Hotel: O Deep Purple surgiu de uma ideia exótica. No país que gerou Beatles e Stones, revelou Jimi Hendrix e deu o título de Deus a Eric Clapton, todos esperavam pela próxima grande ideia no campo fértil do rock. Em 1967, Chris Curtis, ex-baterista do The Searchers, teve a ideia exótica de reunir vários músicos muito talentosos num grupo chamado Roundabout (carrossel). Eles se revezariam em torno do baterista, como num carrossel. Depois que a ideia foi comprada pelo produtor Tony Edwards, o primeiro músico a topar a ideia foi o tecladista Jon Lord, colega de Curtis nos The Flowerpot Men, onde também tocava o baixista Nick Simper.

Era o final dos anos 60, e Curtis estava metido até o pescoço no espírito da época. Certa vez, Lord entrou no apartamento e encontrou as paredes cobertas de papel alumínio. Seu colega havia redecorado a casa pra mudar o astral. Liga, desliga, cai na estrada: Curtis desapareceu. O grupo achou um guitarrista – Ritchie Blackmore, conhecia um baterista – Ian Paice – que trouxe um colega da The Maze – o vocalista Rod Evans. Com a saída de Curtis, acabou a ideia do rodízio e a banda precisava trocar de nome. Em fevereiro de 1968, depois de queimarem as pestanas em uma lista de nomes que incluía o pomposo Orpheus, acabou vencendo o título da música favorita da avó de Blackmore: Deep Purple

O primeiro disco, Shades of Deep Purple, foi lançado em setembro de 1968. Recheado de regravações (incluindo versões progressivas de Help, dos Beatles, e Hey Joe, de Billy Richards), o disco estourou nas paradas de sucesso dos EUA com uma música de Joe South: Hush, o primeiro single da banda.

O album debut do Deep Purple foi lançado pela Parlophone no Reino Unido e pela Tetragrammaton Records nos Estados Unidos, gravado na Abbey Road Studios em apenas 3 dias contendo 4 músicas próprias e 4 covers.

O disco soa em suas músicas o desprendimento do seu tempo, a qualidade e as músicas, músicos excepcionais, mesmo em suas versões, estavam a frente. As guitarras gritantes, e, pra mim o mais impressionante é a presença dos teclados de Jon Lord, marcantes em cada faixa. Ian Gillan ainda não estava a frente da banda mas Rod Evans de maneira alguma deixa a desejar. Um verdadeiro embrião de um estilo (HardRock).  


_-_

Blind Faith - Blind Faith [1969]


Blind Faith - Blind Faith [1969]

Banda: Inglesa
Produtor: Jimmy Miller
Formação da Banda: Eric Clapton, Steve Winwood, Ginger Baker e Ric Grech
Posição na Billboard: # 40° POSIÇÃO


60’ Hotel: A Banda de renúncias que queria apenas música e menos estrelato - Blind Faith, e seu primeiro e único disco lançado em 1969.

Após um Break-up no Power Trio Inglês Cream (Jack Bruce, Ginger Baker & Eric Clapton), em meio a desentendimentos entre Bruce e Baker com Clapton mediando.

Steve Winwood – Quero registrar aqui que pra mim era um dos top 5 vocals dos anos 60 - Com sua saída do The Spencer Davis Group onde foi vocalista por 3 anos, Winwood no desejo de incorporar mais elementos de Jazz em sua música o que era formou o Traffic – Que fica para outro post - Que também se separaria temporariamente no início de 1969.

Steve Winwood começou algumas jam Sessions com Eric Clapton. Clapton estava satisfeito com as jam’s, mas estava hesitante em iniciar um grupo sério. Ginger Baker apareceu em uma dessas Jam’s; e a Banda estava praticamente formada.

Winwood convenceu Clapton argumentando que Ginger Baker havia reforçado a musicalidade e que seria difícil encontrar um baterista igualmente talentoso. Mais tarde Ric Grech seria convidado para assumir o Baixo, formando o estrelado Blind Faith; nome dado por Eric Clapton por dizer que não sabia o rumo que tomaria a nova banda.

Com a notícia no ar da reunião das estrelas do rock inglês criou-se um excitação no público e claro na imprensa que os anunciavam como “superCream” – Tudo que Clapton não queria. Com ares de Mega Band, o Blind Faith teve sua singela estreia num concerto em 7 de julho de 1969 no London Hyde Park Concert - Famoso concerto ao ar livre que teve o Rolling Stones como Banda principal - É já começaram assim... Mesmo assim Clapton, sabendo que a banda não tinha ensaiado o suficiente e não estava preparada, estava relutante em sair em turnê e temia que a banda se transformasse em uma repetição do Cream.

Saíram em um pequena turnê entre Escandinávia, Estados Unidos e Reino Unido com o ultimo show no Havaí.
Gravado e produzido entre os shows seu primeiro e único álbum foi lançado em agosto de 1969, marcando o fim da turnê. Blind Faith superou tanto o gráfico do Reino Unido quanto o da Billboard (USA). O álbum vendeu mais de meio milhão de cópias no primeiro mês.

O disco ainda enfrentaria uma polêmica com sua capa – criada por Bob Seidemann amigo de Clapton – Que exibe um Topless de uma jovem menina segurando uma escultura em formato de avião, o que julgaram ser um “símbolo Fálico”. Retirada e substituída por uma foto da banda (capa americana).

Como temia Clapton... Fim de turnê volta para Inglaterra mais todos os holofotes voltados para eles, agora era o Blind Faith que entreva em Break-up. O que fez a banda ser formada desta vez colocaria um fim nela.


Em 2000 o álbum inteiro foi remasterizado e relançado como um CD duplo edição de luxo, que inclui out-takes e versões de estúdio de ensaio de músicas da banda criadas durante os primeiros meses de 1969.






_-_